sexta-feira, 27 de maio de 2011

Universidade Corporativa em Educação Física: gestão de pessoas e do conhecimento I

Faz parte do calendário acadêmico da Educação Física o Congresso de Rio Claro que congrega, tradicionalmente no mês de maio dos anos ímpares, profissionais, graduandos, docentes e pesquisadores. Em eventos desta natureza, é possível compartilhar conhecimento e aprimorar saberes. Aliás, minha orientanda e eu, apresentamos os resultados do projeto de PIBIC sobre Universidade Corporativa em Educação Física.

A Universidade Corporativa é o meio pelo qual uma instituição e/ou empresa desenvolve uma política e ações concretas e permanentes de aprimoramento das competências dos seus colaboradores. Ela parte do pressuposto que os colaboradores são o principal ativo da instituição porque possuem competências e são capazes de resolver problemas e propor soluções.

Em um cenário no qual observamos o aumento da concorrência, o acirramento da competição pelos mercados, clientes mais exigentes, demanda por serviços e produtos de qualidade e diferenciados e a necessidade imperiosa de garantir a sustentabilidade do negócio é estratégico a criação de uma cultura de aprendizado e de compartilhamento de conhecimento.

Ora, este cenário não é exclusivo do chamado mundo corporativo. Ele diz respeito à Educação Física, aos profissionais e às instituições prestadoras de serviços. Por esse motivo vale perguntar: quais são as características de uma Universidade Corporativa em uma instituição que presta serviços típicos da área?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Comportamento Profissional: quando competência é sinônimo de profissional educado

Havia semanas que não ia ao cinema e aproveitei um convite de amigos para matar saudades da telona e comer pipoca no escurinho. Depois disto, e como de costume, fomos para um bar petiscar e papear. Entre um assunto e outro, alguém comentou que havia presenciado um “surto” de um colega no escritório e que sobrou faísca para todos os lados.

Sem cerimônia, o tal surtado berrou o que quis, desqualificou quem estava na frente e, alegando estar acima de todos, visto os excelentes resultados alcançados, deu uma de Zagalo: “vocês vão ter que me engolir”.

Acha mesmo???!!!!!

Ora, quem foi que disse que tolerar gente grosseira e mal educada faz parte das tarefas profissionais? Quem foi que estabeleceu que alguém competente pode ser intratável? Quem é que está disposto a conviver com um “bam-bam-bam” desagregador e irritante?

É por essas e outras que se diz por aí: “um profissional é contratado pela sua competência e demitido pelo seu comportamento”.

Preciso dizer o que aconteceu com o surtadinho? Comportamento inadequado.... não há competência que resista.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Carreira profissional: expectativas dos jovens. Só dos jovens?

A edição deste mês da Revista Você S/A reservou um espaço generoso para publicar os resultados da pesquisa realizada em parceria com uma consultoria e uma instituição universitária, cujo objetivo foi conhecer as melhores empresas para começar a carreira. Os sujeitos foram jovens entre 20 e 28 anos, com ao menos 6 meses de vínculo empregatício.

Em função da metodologia e dos instrumentos adotados, a pesquisa coleta uma infinidade de dados que, cruzados entre si, revelam percepções, expectativas, anseios e frustrações. Além disto, os resultados confirmam algumas teses sobre a geração Y e dão subsídios para ações corporativas.

Vejamos quais foram as expectativas declaradas:

1ª – sentir que estão sempre aprendendo. Acredito que isso está relacionado com um ambiente desafiador, colaborativo, no qual as pessoas possam dar suas opiniões, contribuir e propor soluções.

2ª – ser reconhecido pelo seu trabalho. Com certeza isso tem a ver com um ambiente no qual o feedback e o elogio fazem parte das práticas de gestão. Mas tem que ser sincero, né?

3ª – salário compatível ao que entrega. Vamos combinar: embora não encabece a lista, o salário e os benefícios dão tranqüilidade para que possamos nos dedicar às nossas tarefas.

4ª – ter um líder que desenvolva e estimule. Que delícia! Alguém que acredita, que dá oportunidade, que saiba exigir e que gosta de educar.

5ª – vida pessoal e trabalho em equilíbrio. Queiramos ou não precisamos aprender a gerenciar nosso tempo. Esse é um bem precioso e desperdiçá-lo compromete a qualidade de vida.

6ª – valores pessoais alinhados com a empresa. Pois é! Só se veste a camisa do time do coração.

Curioso: tenho plena consciência de que não pertenço a geração Y, pois nasci em meados do século passado e, no entanto, acalento das mesmas expectativas. Será que estou em crise da meia idade ou de identidade?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Gestão de Pessoas e Educação Física V: qualidade de vida no trabalho

Estou completando a série Gestão de Pessoas com o tema qualidade de vida no trabalho e embora já tenha tratado do assunto outras vezes, acredito que é possível acrescentar novos olhares e saberes.

Podemos considerar que qualidade de vida está relacionada com a percepção de bem-estar resultante das condições em que vive uma pessoa. Essa “percepção” dá um caráter subjetivo, porém não significa dizer que não existam fatores externos que impactam a qualidade de vida. Aliás, um destes fatores é o trabalho e as relações nele construídas.

Pensar qualidade de vida no trabalho é pensar uma política institucional cujas ações visam melhorias e inovações no cotidiano e, principalmente, que oportunizem o desenvolvimento dos colaboradores. Ou seja, vai além da política de remuneração, infraestrutura e benefícios trabalhistas. Ela diz respeito, também, ao aprimoramento de competências e perspectiva de criação.

Isto posto, além do enfoque nas condições ambientais e na promoção da saúde, a qualidade de vida no trabalho depende também do grau de satisfação do colaborador e como ele aproveita as oportunidades que aparecem.

Sabemos que é muito bom trabalhar com colegas satisfeitos, pois além de colaborativos eles têm o astral leve e divertido. Sempre que possível inventam novas maneiras de realizar as tarefas e contribuir como os outros.

Mas esse ambiente não cai do céu: ele precisa ser planejado intencionalmente por quem responde pela gestão.