“Liderar não é preciso”. “Navegar é preciso. Viver não é preciso”. O que estas duas afirmações têm em comum? Ambas aproveitam os múltiplos significados do termo “preciso” para nos mostrar a riqueza da língua de Camões, Pessoa, Drummond e tantos outros. Preciso pode ser necessidade, mas também precisão, exato, certo.
Desta forma, quando afirmamos “liderar não é preciso” significa dizer que liderar não tem precisão, não é exato. Posto isso, podemos chegar a ideia de que não há manual de instrução infalível, que não há um método único e certeiro. Não existe uma cartilha que nos leve por um caminho suave.
Sabemos, porém, que liderança é um fenômeno relacional que se estabelece entre as pessoas e que é um processo de influência. Portanto, como já afirmei, não está relacionado com cargos e pode ser desenvolvida e aprendida.
Quem tem o hábito de passear pelas livrarias da cidade e se interessa pelo tema sabe que encontrará uma vasta literatura. Quem prefere consultar o Dr. Goolge ou a Drª Internet encontrará vários artigos publicados. Em todos eles encontraremos estudos, cases sobre como ampliar nossa competência de liderança.
Com o passar do tempo, as teorias foram se aperfeiçoando e dando espaço para novas concepções. Atualmente, considera-se que o Modelo Contigencial ou Situacional é o que melhor caracteriza o fenômeno da liderança. Segundo esse modelo, a liderança deve levar em conta o contexto, a estrutura da tarefa, a maturidade e qualificação dos colaboradores e os resultados esperados.
Esse modelo contraria a ideia segundo a qual existe um estilo ideal de liderança. O que existe é uma liderança eficaz e eficiente que leva em conta o momento e as circunstâncias.
Continuamos...
Ps: o primeiro parágrafo deste texto foi inspirado no livro Liderar não é preciso de autoria de Moreira (2010).
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