sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Qualidade de Vida no Trabalho: atingir metas e possuir uma causa

Meses atrás, precisamente em maio, ao escrever sobre qualidade de vida no trabalho enfatizei que ela é fruto de uma relação de reciprocidade entre o colaborador e a empresa, visto que, “o profissional faz a gestão de suas relações e de seu tempo e a instituição valoriza e promove o trabalho e o desenvolvimento dos seus profissionais” (neste blog, em 1º de maio).

Volto a esse tema por uma razão simples: estamos concluindo o ano letivo e é inevitável que façamos, consciente ou inconscientemente, um balanço das nossas conquistas. É nesta hora que olhamos para trás e avaliamos se realizamos os sonhos que sonhamos; se concretizamos nossos desejos.

Com isso quero dizer que, ainda que os condicionais externos (colegas, autoridade, política institucional, ambiente de trabalho) sejam variáveis que devam ser levados em conta, o que determina a qualidade de vida no trabalho são as metas que cada profissional estabelece e atinge e a causa que ele defende.

Faço essa afirmação, neste momento, tendo como suporte meus parcos conhecimentos sobre bioquímica e neurociência que advogam que quando as metas são alcançadas ou superadas áreas cerebrais e o sistema de recompensa são ativados. Podemos dizer que o cérebro gosta de desafios e estar na zona de conforto é um tédio para ele.

O segundo aspecto, uma causa para defender, está intimamente relacionado com o significado que damos às coisas que fazermos, sejam elas quais forem. Em outras palavras: por que treinamos um time de adolescentes? Qual é o motivo de ensinarmos crianças a nadar? O que queremos quando prescrevemos uma sessão de ginástica para idosos?

Podemos responder às essas perguntas pelo referencial científico da área ou pela necessidade de pagar as contas ao fim do mês. Essas respostas são legítimas, mas não garantem a minha qualidade de vida no trabalho. Pois é aquilo que faço e no qual me reconheço que dá sentido à minha causa, ao meu trabalho.

O que me desafia e o que eu defendo enriquecem a minha experiência humana e me movem.


Ps: estou no twitter (@ritaveren) e o mais legal é que meus alunos estão me ensinando como usá-lo.

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