Nos primeiros dias de fevereiro,
junto com outros dois colegas, respondi por um curso de capacitação para
profissionais de Educação Física de uma instituição educacional e esportiva que
tem unidades espalhadas por todo o estado. Coube-me, mais especificamente, uma
palestra cuja temática versou sobre liderança com foco nos resultados.
Essa instituição tem como política
proporcionar aos seus colaboradores oportunidades de capacitação permanente.
E convenhamos, em grande estilo: em um hotel situado em uma estância turística.
Durante três dias, esses profissionais, atualmente, ocupando o cargo de
coordenadores de esporte e de lazer, foram convidados a refletir sobre sua intervenção
enquanto gestores.
Preocupada em corresponder às expectativas daqueles que me contrataram, procurei saber mais sobre meu público: são profissionais de Educação Física, com vários anos de casa, solícitos, participativos, competentes e comprometidos com seu trabalho, disse-me uma das responsáveis pelo evento.
Diante desta declaração, que definia o perfil do público que iria encontrar, silenciosamente, indaguei: o que é que eu vou fazer lá? Pois bem, a minha estratégia foi, no início da minha fala, convidá-los a estabelecer uma relação de trabalho coletivo visando o aprendizado mútuo e propus que aproveitássemos aquele tempo para renovar o compromisso com a instituição e com as respectivas carreiras.
Feito isso passei a discutir sobre a escolha que meus colegas haviam feito: na condição de profissionais de Educação Física, que dominam os saberes próprios da área, escolheram participar de um processo seletivo interno e, uma vez aprovados, passaram a fazer gestão, principalmente, gestão de pessoas.
Entre os aspectos que compõem a gestão de pessoas, a liderança é um fenômeno relacional que se estabelece entre as pessoas e que se caracteriza como um processo de influência. Não existe um único método, nem um manual infalível. Exige adaptabilidade (capacidade para variar o estilo dependendo da situação) e amplitude de estilo (capacidade de usar vários estilos na mesma situação). Tal descrição define o que se convencional chamar de liderança situacional.
Sabemos, no entanto, que a liderança é peça chave para o alcance dos resultados definidos pela instituição. Aliás, é isso que se espera de alguém que se dispõe a ser gestor ou gestora: uma liderança orientada para os resultados.
A pergunta que se impõe é: que resultado? O mesmo ao longo dos anos? Será que não está na hora de bater as metas? De surpreender? De estabelecer metas ambiciosas? Para isso é imperioso mobilizar pessoas, desafiar mentes, sensibilizar corações. Isso que é liderança.
Ps1: outro dia ouvi isso de um
treinador de voleibol: com o time que
tenho, ganhar o jogo é obrigação; ganhá-lo de 3 sets à zero é a meta.
Ps2: por vários motivos fiquei feliz em participar deste evento. Mas por um deles foi especial: reencontrei uma ex-aluna que continua com o mesmo sorriso sapeca.
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