Ao longo desta semana participei das reuniões de planejamento para o ano letivo que se inicia. Ainda que rotineiras, pois fazem parte das atribuições docentes, os encontros programados com os colegas e, portanto, com outras idéias e outras experiências me deram pistas sobre a importância e a complexidade que é o trabalho em equipe.
Lidar com a singularidade de cada profissional, com as diferenças, com os afetos, com as expectativas e frustrações individuais, é enriquecer a minha própria existência. Mas isso só é possível se, e somente se, eu estiver disponível para ouvir o outro.
E é aqui que a “porca torce o rabo” ou que o “bicho pega”.
Sabemos que precisamos desenvolver nossa comunicação, mas nos esquecemos que comunicação é saber falar e saber ouvir. Daí que investimos apenas na primeira e a comunicação fica capenga, defeituosa, incompleta.
Saber ouvir está relacionado com abrir mão das certezas e do hábito de julgar. É descer do pedestal, é soltar as amarras, é disponibilizar-se para o outro. É acreditar, de fato, que o outro tem algo para mim.
Mas por que é tão difícil? Simplesmente porque é preciso e faz a diferença.
Não existe fórmula para resolver isso. Só existe o desejo sincero e o exercício diário na direção de melhorar a escuta. Sinto que às vezes avanço e que às vezes retrocedo. É neste processo que me desenvolvo e que amadureço. É por isso que preciso pertencer à equipe.
Ps: hoje o “Pensando a Educação Física” comemora um ano!
Ps: Ouça isso!
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