Na manhã de hoje participei de um encontro com o chamado trio gestor (supervisoras de ensino, diretoras de escolas e coordenadoras pedagógicas) de uma rede municipal de ensino cujos resultados observados no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) estão muito acima das metas projetadas pelo MEC e dos resultados observados nos municípios vizinhos, inclusive os da capital paulista.
Estavam estampados nos rostos daquelas profissionais o orgulho e a alegria de serem, junto com os professores e funcionários, referência na educação da região. Passado um tempo de discussão perguntei a elas: a que vocês atribuem o sucesso do trabalho? Sem hesitar e com a consciência do que fazem, responderam: clareza sobre as metas, investimento em capacitação, integração e trabalho em equipe, envolvimento com a comunidade, preocupação com o cliente, avaliação de desempenho e gestão eficiente (não exatamente nesta ordem).
É importante registrar novamente que a resposta foi dada por profissionais da educação, notadamente da rede municipal, e que contraria várias e supostas verdades sobre a educação pública brasileira. Sem romantismo algum, pois estão conscientes dos desafios, das dificuldades e das resistências inerentes ao processo educacional, estas educadoras estão, “apenas”, fazendo o seu trabalho.
Em outra oportunidade, caracterizei satisfação no trabalho afirmando que existem variáveis que, articuladas, a compõe. Hoje aprendi que estar submetido à avaliação de desempenho é uma delas.
Ps: já disse isso e agora vou registrar: está acontecendo uma revolução silenciosa na educação brasileira e ela não está localizada nas grandes e médias cidades.
Ps2: Missão Aluno na CBN meses depois: "Escolas no interior...."