Em época de dilúvio e de férias aconteceu o inevitável: horas de espera na sala de embarque do aeroporto. Depois da leitura do jornal, do caminhar à toa pelo saguão, do bisbilhotar as lojas de souvenir, sentei-me e, minutos depois, “pus reparo” na conversa de dois rapazes que discutiam sobre suas vidas profissionais.
Aparentemente, ambos pertenciam à mesma faixa etária, tinham boa formação e experiências de vida típicas dos atuais jovens profissionais. Um deles, no entanto, pareceu-me, ao relatar seu cotidiano de trabalho (tarefas e projetos), muito satisfeito enquanto o outro, não. Desta observação para a pergunta foi um pulo: o que leva alguém a estar satisfeito com o que faz?
Existem inúmeras variáveis que, interligadas entre si, favorecem (ou não) a vida profissional. Poderíamos classificá-las como ambientais e pessoais. As variáveis do primeiro grupo são aquelas relacionadas com o local do trabalho e as do segundo grupo são aquelas relacionadas com o profissional.
Perguntas importantes para checar as variáveis ambientais: vale à pena trabalhar nessa instituição? É estratégico associar minha marca à da instituição? As relações com os colegas, com os superiores e/ou subordinados são respeitosas? Sou valorizado? Tenho condições e/ou estrutura de trabalho? Estou tendo oportunidades de aprimoramento?
Para checar as variáveis pessoais vale perguntar: tenho clareza das minhas metas e sei como alcançá-las? Estou aproveitando as oportunidades que aparecem? Sou pessimista e “reclamão”? Como encaro um problema? Como desafio? Meu desempenho faz diferença? Estou comprometido com a qualidade do meu trabalho?
Existem outras tantas perguntas que podem nos ajudar a avaliar nossa satisfação no trabalho. As respostas para as descritas acima certamente sinalizam em que grau ela está.
Em tempo: para que não haja dúvida, os rapazes sentaram-se ao meu lado e falavam alto!
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