sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quando o trabalho adquire um sabor raro

Tempo de férias é tempo de fazer as boas coisas da vida: curtir a família e os amigos, viajar por lugares desconhecidos, “brisar” à toa, ler histórias. Sem dó nem piedade fiz tudo isso. No entanto, com certo grau de ineditismo visto que não tenho o hábito de ler biografias e me debrucei sobre as do Agassi (Open, 2010), do José Alencar (José Alencar – amor à vida, 2010) e da Ruth Cardoso (Ruth Cardoso – fragmentos de uma vida, 2010).

A vida de cada um, por si só, vale a pena ser conhecida, mas o que mais me surpreendeu foi que, apesar das singularidades, as trajetórias têm aspectos em comum. O atleta, o empresário e a antropóloga em questão são pessoas públicas, formadoras de opinião, com carreiras consolidadas e são ícones em suas respectivas áreas de atuação.

Além disto, em um dado momento de suas vidas, por exigência das circunstâncias e em momento de crise pessoal, mobilizaram seus conhecimentos, seus contatos e aproveitaram sua influência em favor de um propósito, de uma causa.

O tenista fundou uma escola que atente milhares de crianças em situação de risco; o empresário construiu um dos principais parques industriais do país e a antropóloga criou uma organização não-governamental referencia mundial. Andre Agassi College Preparatory Academy, Coteminas e Comunidade Solidária são as “causas” a que me refiro.

Em novembro último escrevi neste blog um artigo afirmando que qualidade de vida no trabalho está relacionada com metas que defino e atinjo e com uma causa que defendo. Agora acrescento: se essa causa está relacionada com dar oportunidades para que outras pessoas cresçam e se desenvolvam, o trabalho adquire um sabor raro.

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