sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Carta ao Papai Noel

Com a proximidade do natal e ainda na infância, eu e meus irmãos éramos incentivados, pelos nossos pais, a escrever para o Papai Noel. As cartas, com letras típicas de crianças em fase de alfabetização, eram colocadas em local estrategicamente escolhido, para que o bom velhinho pudesse encontrá-las.

Lembro-me de que não era nada fácil escrevê-las. Em uma mistura de expectativa e ansiedade nunca sabíamos o que colocar na folha que, apesar de alguns desenhos natalinos pintados em vermelho e verde, continuava sendo de caderno. Observando essa dificuldade, recebíamos a seguinte dica: “agradeça, comente o que realizou e faça um pedido”. Então vamos lá:

Querido Papai Noel,

O ano foi muito bom e eu queria agradecer às pessoas com as quais pude aprender. Apesar de ser professora e ensinar, hoje sou mais competente porque estava aberta para observar, ouvir e aprender e as pessoas com as quais convivi (alunos, colegas, família, amigos, professores) foram muito generosas comigo, compartilhando seus saberes e seus conhecimentos.

Além das coisas que já sabia fazer (e aperfeiçoei-as com as dicas que recebi), aventurei-me por outros caminhos e experimentei coisas novas. Com a aprendizagem advinda deste processo ampliei minha inserção no mundo do trabalho e minha empregabilidade. Não foi fácil sair da zona de conforto, mas com o apoio de pessoas sensacionais, fui conquistando desenvoltura e competência. Passado o temor da frustração, sinto-me recompensada pelo esforço e feliz com meu sucesso.

Bem.... o meu pedido? É simples: quero aprender mais e viver novas experiências; quero compartilhar conhecimento com as pessoas; quero estar disponível para construir 2011.

Beijo grande, Papai Noel.

Feliz Natal a todos.

Ps: curioso, mas meus pais, com essa atitude tão corriqueira, estavam ensinando aos seus filhos a acreditar, a desejar e a conquistar.

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