sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mídias Sociais e o Profissional de Educação Física: ligações proveitosas

O livro “As Ligações Perigosas” é um clássico da literatura francesa do século XVIII cujo enredo retrata sem piedade como a ociosa aristocracia tramava os escândalos e as desgraças dos seus pares por meio das fofocas e das noticias que circulavam graças à tecnologia da época: as cartas e seus mensageiros.

Três séculos depois, outra tecnologia continua alimentando os ociosos com escândalos e notícias sobre a vida alheia, embora, agora, de forma mais intensa e mais rápida. Com certeza as mídias sociais podem comprometer a imagem de qualquer profissional. No entanto, podem ser, também, uma oportunidade para que o profissional se apresente para seus atuais e potenciais clientes.

Ter uma página na web, participar de uma comunidade virtual de aprendizagem, escrever para um blog, participar de uma comunidade on line de aprendizagem são estratégias que ampliam nossa zona de influência e nossas possibilidades. É também uma estratégia para fortalecer nossa marca.

Convenhamos: podemos não fazer nada disto e continuar usando as mídias sociais de forma exclusivamente recreativa ou leviana para falar mal dos outros, fazer comentários jocosos ou registrar bobagens.

Como estabelecemos nossas relações, de forma perigosa ou proveitosa, é de nossa inteira responsabilidade. Mas uma coisa é certa: estamos sendo avaliados por isso.

Ps: fica a dica: http://vocesa.abril.com.br/blog/marcio-mussarela/2010/10/27/o-que-suas-redes-sociais-revelam-sobre-voce/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Qualidade de Vida no Trabalho: atingir metas e possuir uma causa

Meses atrás, precisamente em maio, ao escrever sobre qualidade de vida no trabalho enfatizei que ela é fruto de uma relação de reciprocidade entre o colaborador e a empresa, visto que, “o profissional faz a gestão de suas relações e de seu tempo e a instituição valoriza e promove o trabalho e o desenvolvimento dos seus profissionais” (neste blog, em 1º de maio).

Volto a esse tema por uma razão simples: estamos concluindo o ano letivo e é inevitável que façamos, consciente ou inconscientemente, um balanço das nossas conquistas. É nesta hora que olhamos para trás e avaliamos se realizamos os sonhos que sonhamos; se concretizamos nossos desejos.

Com isso quero dizer que, ainda que os condicionais externos (colegas, autoridade, política institucional, ambiente de trabalho) sejam variáveis que devam ser levados em conta, o que determina a qualidade de vida no trabalho são as metas que cada profissional estabelece e atinge e a causa que ele defende.

Faço essa afirmação, neste momento, tendo como suporte meus parcos conhecimentos sobre bioquímica e neurociência que advogam que quando as metas são alcançadas ou superadas áreas cerebrais e o sistema de recompensa são ativados. Podemos dizer que o cérebro gosta de desafios e estar na zona de conforto é um tédio para ele.

O segundo aspecto, uma causa para defender, está intimamente relacionado com o significado que damos às coisas que fazermos, sejam elas quais forem. Em outras palavras: por que treinamos um time de adolescentes? Qual é o motivo de ensinarmos crianças a nadar? O que queremos quando prescrevemos uma sessão de ginástica para idosos?

Podemos responder às essas perguntas pelo referencial científico da área ou pela necessidade de pagar as contas ao fim do mês. Essas respostas são legítimas, mas não garantem a minha qualidade de vida no trabalho. Pois é aquilo que faço e no qual me reconheço que dá sentido à minha causa, ao meu trabalho.

O que me desafia e o que eu defendo enriquecem a minha experiência humana e me movem.


Ps: estou no twitter (@ritaveren) e o mais legal é que meus alunos estão me ensinando como usá-lo.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Trabalho em Equipe e Sucesso Compartilhado: esse é o novo paradigma

Embora não faça parte da comunidade “galera zumbi”, cujos membros estão acordando todas as madrugadas para assistir aos jogos da seleção feminina no Japão, estou acompanhando com entusiasmo os jogos possíveis e todas as notícias do Campeonato Mundial Feminino de Voleibol que são veiculadas na televisão e na web.

É saboroso notar como as jogadoras estão desempenhando com competência funções que supostamente não se esperam delas. A atacante que defende; a defensora que ataca, a líbero que levanta, a levantadora que bloqueia, a bloqueadora que passa. Pois é: assim se constitui uma equipe de trabalho que tem metas ambiciosas.

Mais saboroso, ainda, é ouvir as declarações das jogadoras e do técnico nas entrevistas coletivas: ainda que a mídia insista em criar o ídolo e exalte a desempenho de uma das componentes da equipe, as declarações vão sempre na mesma direção: “a equipe jogou com responsabilidade e unida”; “os pontos que fiz foram para a equipe”; “fiz muitos pontos porque alguém defendeu lá atrás”; bloqueei muito porque o saque entrou”.

A responsabilidade coletiva e a consciência de que o destaque é o trabalho em equipe é uma maneira nova de compreender como se atingem as metas, assim como, o sucesso compartilhado é a forma mais eficaz de evitar o estrelismo e o rompimento da equipe.

Domingo saberemos quais são as seleções que ocuparão o pódio. Independente do lugar destinado ao Brasil, posso adiantar com convicção que a equipe brasileira é vencedora e defende as cores do meu país.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Economia e Oportunidade de Negócios na Sociedade do Conhecimento II

Na semana passada, depois de caracterizar a Sociedade do Conhecimento e afirmar que a principal matéria-prima para a produção de riqueza nesta sociedade é a informação e o conhecimento, sugeri que pensássemos sobre qual é o impacto desta nova realidade na vida e nos negócios do profissional de Educação Física.

É importante lembrar, também, que nesta Sociedade há pouco emprego e muitas oportunidades de trabalho para os prestadores de serviços nos setores da saúde, da educação e de entretenimento.

Posto isso, é de se esperar que as oportunidades de negócios na nossa área se desenvolvam desde que o profissional possua determinadas características: tenha uma atitude investigativa e um comportamento empreendedor.

Sob o ponto de vista da atitude investigativa, poderíamos afirmar que o profissional deve priorizar o processo contínuo de aprendizagem para que possa se tornar um produtor de conhecimentos (conteúdos) pelos quais as pessoas estejam dispostas a pagar para adquirir.

No que concerne ao comportamento empreendedor, é preciso salientar que os negócios em Educação Física podem ser formalizados através de projetos, muitas vezes personalizados e/ou customizados, com contratos temporários, que podem ou não serem renovados e que dependerá, para crescer, de parcerias com outros profissionais que tenham negócios complementares.

Neste cenário, no qual o conhecimento é a matéria-prima e fonte de riqueza, pesquisa e inovação são os pilares que sustentam qualquer negócio e o seu valor será calculado pelo grau de qualificação daqueles que pertencem ao negócio.