Depois das merecidas férias de julho, a primeira semana do semestre letivo é pautada pelo mesmo ritual: conhecer os calouros, rever os veteranos, apresentar as disciplinas e estabelecer o contrato pedagógico. Entre uma tarefa e outra aproveitamos para conversar sobre os episódios esportivos do mês, ou seja, o resultado da copa, a escalação e o novo técnico da seleção, os jogadores nas páginas policiais, as determinações da Ferrari para o Massa, a ultrapassada do Rubinho e, naturalmente, os comentários dos jogadores do Santos, via web.
Sobre esse episódio não faltaram opiniões e essas variaram dependendo do interlocutor. Ouvimos que foi imaturidade e/ou despreparo dos jogadores, falta de educação e/ou de berço, ingenuidade e/ou soberba, molecagem e/ou babaquice. Talvez seja tudo isso e mais um pouco, todavia, com certeza, em tempos de mídias sociais, o que se diz e o que se mostra adquiri uma visibilidade explosiva.
Ainda que tenha sido necessário confeccionar uma cartilha para orientar a conduta e o uso das ferramentas, o mundo corporativo, ao perceber que a Web 2.0 faz parte do cotidiano dos seus colaboradores e dos seus clientes, encontrou formas de lidar com elas e tirar proveito disto para o seu negócio.
O mesmo não acontece com as instituições ligadas à Educação Física e ao Esporte. As academias, clubes e associações que prestam serviços na área e, principalmente, os profissionais, ainda não se despertaram para as possibilidades e oportunidades do uso destas ferramentas para agregar valor aos seus serviços.
Imaginem o seguinte: em plena primeira rodada do Grand Prix de Voleibol Feminino, o técnico do time juvenil do clube X poderia publicar, no site deste clube, para todos os sócios e, também, para as suas atletas uma análise tática da vitória do Brasil contra o Japão, na manhã de hoje. E aí, talvez, quem sabe o clube poderia encontrar um fabricante de material esportivo disposto a patrocinar esse espaço e, logicamente, o autor dos conteúdos, que neste caso, é o profissional de Educação Física.
Que tal? Parece muito futurista?
ps: em 15 de maio publiquei um artigo relacionando o uso da Web 2.0 e a Educação Física escolar.
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