Outro dia um querido amigo comemorou seu aniversáro com um churrasco e, como convidada, encontrei outros amigos e seus respectivos filhos. Um deles, sabendo do meu interesse por cinema, logo que me viu foi falando... “hoje a dica de filme é minha: vá assistir As Melhores Coisas do Mundo (Brasil, 2010). Tem tudo a ver!” Quando perguntei “tem tudo a ver com o que?” ele me respondeu “p... mano...”. Ok. Já entendi.
A história narra a vida de um jovem adolescente de classe média urbana e o mundo a sua volta, ou seja, sua rotina escolar e familiar. Dentro deste mundo, os personagens típicos: os amigos do peito, a menina desejada, o irmão mais velho, a melhor amiga, os chatos dos pais e os professores. Ainda dentro deste mundo, as situações típicas: a sexualidade à flor da pele, a contestação da autoridade, o significado da amizade e dos vínculos.
No universo dos “pegadores” e das “pegadoras”, dos “não-pegadores” e das “não-pegadoras”, do “ficar” e do amor para sempre, dos “zoadores” e dos sossegados, dos populares e dos diferentes, os adolescentes vão sobrevivendo e construindo suas identidades.
Em época de Web 2.0 aquilo que foi confidenciado vai parar no twitter; as coisas mais banais viram notícia no blog; o bullying dá lugar ao cyberbullying. É bem verdade, também, que ainda existe lugar para o diário de anotações, os passeios de bicicleta, o jogo da verdade e as aulas de violão.
Nós, imigrantes digitais, ficamos perplexos ao vermos o domínio que os adolescentes têm sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s). Infelizmente, o ambiente escolar ainda não percebeu o potencial disto para a aprendizagem e gasta seu tempo administrando os efeitos colaterais deste uso.
Enquanto professores, como podemos aproveitar a desenvoltura dos alunos com as TIC’s para a construção de conteúdos ligados à Educação Física? Como é possível criar um ambiente colaborativo de aprendizagem com o uso das TIC’s?
Está lançado o desafio. Quem se aventura?
Em tempo: um episódio secundário da trama me achou atenção. A manifestação de perplexidade do professor de física antes da sua expulsão e depois que “a escola toda” ficou sabendo (pelo torpedo, é claro!) que ele e uma aluna haviam se beijado.
Embora, neste episódio, não existam vítimas nem algozes, o fato é que a relação professor-aluno é sempre muito delicada e, enquanto profissional, é o professor que deve ser responsável por zelar pelos limites. Do contrário, não pode se aborrecer com as conseqüências.
Tá ligado, velho!!
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