sexta-feira, 30 de julho de 2010

Comportamento Profissional: é preciso cultivar a carreira

“Eles precisam ter a noção clara da responsabilidade que é ser jogador profissional de futebol e, ainda mais, da seleção brasileira. A partir do momento que qualquer ato fora do nosso trabalho se refletir em um prejuízo para a seleção brasileira e para a imagem dela, a conversa será objetiva” (SporTV, 26/07/2010). Essa foi a resposta dada por Mano Menezes na primeira entrevista coletiva que concedeu como novo técnico da seleção quando perguntado sobre até que ponto a vida extracampo dos jogadores irá influenciar na convocação dos mesmos.

“Quando, de algum modo, a conduta de um jogador longe dos gramados começa a atrapalhar seu desempenho em campo e ainda mancha a imagem da instituição, isso passa a ser, sim, um problema do clube, que precisa resolvê-lo sem passar a mão na cabeça de ninguém (...). Craque tem obrigações a cumprir como qualquer profissional – não está acima do bem e do mal” (Revista Veja, 28/07/2010, p. 20). Essa foi a afirmação feita por Zico na condição de diretor executivo de futebol do Flamengo.

Do que estamos tratando aqui? De comportamento profissional, de desempenho, de imagem e de como se administra uma carreira. É preciso compreender que a maneira como as relações se estabelecem influencia os negócios da sua marca e o quanto outras marcas estão disposta ou não a se associar a ela.

Vejamos as reflexões de profissionais ligados ao mundo corporativo e estudiosos sobre o assunto.

“No mundo corporativo, as atitudes repercutem entre colegas, subordinados e clientes. Antes de contratar alguém verificamos referências com muitas pessoas e não só com antigo chefe. Uma imagem ruim no mercado certamente prejudica a contratação. Nas empresas, também é preciso pensar muito bem antes de fazer concessões a um funcionário que se destaca. Você pode motivar um e desmotivar muitos outros em volta”.

“As empresas são menos complacentes do que uma agremiação esportiva (sim, no Brasil, os times ainda não funcionam como negócio) e as notícias ruins se espalham rapidamente.”

“Reputação é uma relação entre identidade (o que sou e como me comporto) e a imagem (como os outros me percebem). E define a credibilidade, confiança e nível de comprometimento nas organizações.”

“A carreira deve ser posicionada como um produto, ou melhor, como uma marca que precisa disputar seu lugar no mercado, da mesma maneira que as empresas fazem com seus bens e serviços. A marca profissional deve estar associada à sua identidade e a seus atributos. Para transmitir sua identidade é preciso escolher um posicionamento correto, mostrando com clareza atributos. A qualidade na execução determina a excelência, mas a imagem no mercado também é um valor.”

Caríssimos, é ingenuidade imaginar que esse assunto não nos diz respeito. É preciso cultivar a carreira.

Ps: os trechos acima foram retirados da reportagem “E se Adriano trabalhasse numa empresa?” (Revista VocêSA, abril de 2010, p. 75) e pode ser acessada em http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/se-adriano-trabalhasse-numa-empresa-546375.shtml

Ps2: a entrevista de Zico (O Fla não aceita bandido) pode ser acessada em http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx?edicao=2175&pg=10

Ps3: a entrevista de Mano Menezes pode ser acessada em http://sportv.globo.com/videos/v/mano-sobre-a-vida-extracampo-dos-jogadores-se-atrapalhar-a-conversa-sera-objetiva/1307423/#/Futebol/Entrevistas/page/1

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Como vai sua satisfação no trabalho?

Em época de dilúvio e de férias aconteceu o inevitável: horas de espera na sala de embarque do aeroporto. Depois da leitura do jornal, do caminhar à toa pelo saguão, do bisbilhotar as lojas de souvenir, sentei-me e, minutos depois, “pus reparo” na conversa de dois rapazes que discutiam sobre suas vidas profissionais.

Aparentemente, ambos pertenciam à mesma faixa etária, tinham boa formação e experiências de vida típicas dos atuais jovens profissionais. Um deles, no entanto, pareceu-me, ao relatar seu cotidiano de trabalho (tarefas e projetos), muito satisfeito enquanto o outro, não. Desta observação para a pergunta foi um pulo: o que leva alguém a estar satisfeito com o que faz?

Existem inúmeras variáveis que, interligadas entre si, favorecem (ou não) a vida profissional. Poderíamos classificá-las como ambientais e pessoais. As variáveis do primeiro grupo são aquelas relacionadas com o local do trabalho e as do segundo grupo são aquelas relacionadas com o profissional.

Perguntas importantes para checar as variáveis ambientais: vale à pena trabalhar nessa instituição? É estratégico associar minha marca à da instituição? As relações com os colegas, com os superiores e/ou subordinados são respeitosas? Sou valorizado? Tenho condições e/ou estrutura de trabalho? Estou tendo oportunidades de aprimoramento?

Para checar as variáveis pessoais vale perguntar: tenho clareza das minhas metas e sei como alcançá-las? Estou aproveitando as oportunidades que aparecem? Sou pessimista e “reclamão”? Como encaro um problema? Como desafio? Meu desempenho faz diferença? Estou comprometido com a qualidade do meu trabalho?

Existem outras tantas perguntas que podem nos ajudar a avaliar nossa satisfação no trabalho. As respostas para as descritas acima certamente sinalizam em que grau ela está.

Em tempo: para que não haja dúvida, os rapazes sentaram-se ao meu lado e falavam alto!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Jovens Profissionais: encontro saboroso

Se eu fosse mística, diria que foram os deuses que conspiraram; se fosse astróloga, diria que foi uma conjunção estelar; se fosse cética, diria que foi mera coincidência. Fato é que semana passada alguns de meus ex-alunos e ex-orientandos resolveram, por email ou pessoalmente, entrar em contato comigo.

Poder conversar com eles e saber das novidades é algo que me deixa feliz e com um gostinho de dever cumprido. Enquanto profissionais, esses jovens, estão ampliando suas visões sobre o mundo do trabalho e se posicionando nele, com mais consciência e menos ingenuidade.

Neste processo, são capazes de avaliar seu momento profissional e pessoal e, conseqüentemente, definir quais são suas prioridades. Porque estão mais maduros não se colocam como vítimas e nem responsabilizam os outros pelas coisas que acontecem. “Vão à luta”.

Embora estejam atuando em áreas diferentes, eles tem experiências em comum: aproveitaram as oportunidades que a Universidade ofereceu (grupo de estudos, projetos de extensão, etc), cuidaram de sua marca (seus ex-professores lembram-se deles de forma positiva) e continuam estudando (inclusive, por meio da educação a distância).

Observei, também, que eles comentam com naturalidade seus erros e fracassos. “Fazer o que?”, comentou alguém. “Depois desta, não erro mais!”, completou outro. Ora, todos nós colecionamos frustrações e decepções. Aliás, é através delas que amadurecemos.

Mas vamos combinar: o importante é estar orientado para o futuro.

sábado, 3 de julho de 2010

Processo de Seleção de Profissionais: evitar acidentes é dever de todos.

Para que um negócio sobreviva e prospere existem vários fatores que garantem o sucesso do empreendimento. Entre eles é importante ressaltar aquele que a literatura tem chamado de capital humano: os profissionais que compõem a equipe de trabalho e que respondem pelos serviços a serem prestados.

Desta forma, o processo de recrutamento e seleção de estagiários e de profissionais não pode ser visto como uma tarefa secundária ou pouco importante. Negligenciar esse processo é dor de cabeça na certa; é comprometer a qualidade dos serviços; é expor negativamente a marca.

Dependendo do tamanho e da estrutura do negócio, várias são as fases que compõem o processo de recrutamento e seleção: análise de currículo, prova escrita, entrevista, dinâmica de grupo. Para qualquer uma destas fases, tanto os selecionadores quanto os candidatos, precisam estar preparados, ou seja, precisam fazer a lição de casa. Esse processo não pode ser pautado pelo amadorismo.

Os selecionadores devem ter clareza sobre qual o perfil adequado para a vaga, estudar respeitosamente o currículo, criar um ambiente amigável e cortês. Já os candidatos precisam ter consciência das suas potencialidades e dos seus limites, estudar as características (valores) da instituição e apresentar-se bem.

É importante lembrar que, em uma entrevista, mais do que uma discussão sobre o currículo, portanto, sobre aquilo que já foi realizado, ela é uma ótima oportunidade para se conhecer os projetos e as intenções dos candidatos, portanto, saber sobre aquilo que ele almeja e pretende realizar.

Sabemos que o mundo do trabalho está cheio de oportunidades e que a concorrência entre as instituições está acirrada. Selecionar os melhores é questão estratégica.