No início deste mês, estive em companhia de vários professores de Educação Física da rede municipal de ensino de uma cidade paulista. Esses encontros tiveram como objetivo discutir o uso de tecnologias digitais nas aulas de Educação Física. Essa experiência somou-se a outra realizada neste semestre: fui co-responsável por uma disciplina sobre o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) na Educação Física escolar de um programa de pós-graduação.
Saí destas experiências com uma certeza: apesar das críticas que são feitas ao trabalho desenvolvido pelos professores de Educação Física, encontrei profissionais comprometidos com os seus alunos. Ou seja, as críticas, quando generalizadas, desconsideram o trabalho de muitos professores que diariamente fazem da Educação Física um componente curricular envolvido com o processo de escolarização.
Os professores que estão atuando nas escolas públicas e privadas e que tem, no mínimo, 15 anos de carreira, foram formados em uma época em que o arcabouço legal (LDBEN, 1996; PCN, 2008) e teórico da educação (dimensões do conteúdo, 2000; temas transversais, 1998) não existiam. Além disto, naquela época não se discutia o uso das ferramentas da Web 2.0 e da própria internet na escolarização e na Educação Física.
É certo que a carreira de professor exige muita dedicação e manter-se permanentemente atualizado talvez seja o maior investimento que o profissional tenha que fazer. Mas não há outro caminho: se queremos ensinar, precisamos estar sempre aprendendo.
Estamos diante de novos conhecimentos e de outras possibilidades. Não há manual de instruções nem cartilha. O que podemos fazer é, a partir do saber profissional acumulado, planejar intencionalmente nossa atuação. Se fracassarmos, aprenderemos com os erros; ao acertarmos, sentiremos aquele delicioso sabor de sucesso.
Em tempo: não sabia como intitular esse texto e acabei de ouvir no rádio “cantar a beleza de ser um eterno aprendiz”. Desta vez, Gonzaguinha cantou para mim!
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