sexta-feira, 9 de março de 2012

Gestão da Carreira: de tempos em tempos é preciso se reinventar

Conforme prometido, hoje é dia de comentar sobre o filme O Artista (The Artist, 2011) que levou para casa cinco exemplares da mais cobiçada de todas as estatuetas: o Oscar de melhor filme, melhor ator, melhor direção, melhor figurino e melhor trilha sonora.

Em tempos de filmes recheados com efeitos especiais, gravados em 3D, essa produção francesa, filmada em Hollywood, é uma película muda e em preto e branco. Ambientada no final dos anos 20 (anos de transição para o cinema sonoro) conta a história de um astro do cinema mudo que se recusa a gravar produções faladas e com isso entra em decadência e, por consequência, no esquecimento.

Esse astro, no auge do sucesso e orgulhoso de suas conquistas, está convencido de que essa novidade (o filme falado) é um modismo passageiro e ignora o óbvio: que as coisas mudam e que cada profissional precisa mudar. Suas certezas são tão fortes que não ouve nem as pessoas mais próximas e queridas.

Sem dúvida, é um belo filme para se discutir gestão de carreira, pois de forma lúdica e delicada, deixa claro que não há lugar para a acomodação e para a resistência; que apesar de usufruirmos de uma carreira bem sucedida, não podemos de nos dar ao luxo de ignorar as mudanças do mundo do trabalho, provocadas inclusive pela tecnologia.

Qual a saída: de tempos em tempos, se reinventar. Aproveitar as chances que a vida nos dá para o desenvolvimento de novas competências e estar razoavelmente preparado para as oportunidades que (sempre) aparecem.

 No contexto do filme, o protagonista, depois de sofrer muito com sua teimosia, encontra um caminho que nos faz lembrar dos filmes estrelados por Fred Astaire e Gene Kelly.

 Mas o final eu não conto. Vá vê-lo

sexta-feira, 2 de março de 2012

Formação do Torcedor também é papel da Educação Física II

Pois é, e eu que pensei que iria comentar sobre o grande vencedor do Oscar 2012 e fazer uma analogia sobre carreira profissional, fui atropelada pelo episódio ocorrido na 8ª rodada do 2º turno da Superliga de Voleibol Masculino.

Imaginem só. Ginásio lotado para ver um clássico mineiro: de um lado da quadra Vivo/Minas e de outro Sada/Cruzeiro e na arquibancada alguém gritando Fora macaco. Volta para o zoológico. Esse insulto racista foi dirigido ao oposto do Sada/Cruzeiro ao longo da partida.

Em outro post, defendi que a Educação Física também tem o papel de formar o torcedor e estou convencida de que, sob essa ótica, estamos falhando. Naquela ocasião, foram os torcedores do Sada/Cruzeiro que, com expressões homofóbicas, constrangeram um atleta do Volei Futuro.

Não deixa de ser irônico observar que, os mesmos dirigentes que, naquela ocasião, minimizaram o ocorrido, agora estão indignados e exigindo punição. Naquela ocasião, alegaram que insultar atleta faz parte do esporte e não gostaram da multa que tiveram que pagar.

Sob esse aspecto é preciso reconhecer: estamos falhando, inclusive, na formação de gestores esportivos.


Ps: próxima semana comento sobre o filme que levou tudo no Oscar, O Artista.