Conforme
prometido, hoje é dia de comentar sobre o filme O Artista (The Artist, 2011) que levou para casa cinco exemplares da mais
cobiçada de todas as estatuetas: o Oscar de melhor filme, melhor ator, melhor
direção, melhor figurino e melhor trilha sonora.
Em
tempos de filmes recheados com efeitos especiais, gravados em 3D, essa produção
francesa, filmada em Hollywood, é uma película muda e em preto e branco.
Ambientada no final dos anos 20 (anos de transição para o cinema sonoro) conta
a história de um astro do cinema mudo que se recusa a gravar produções faladas
e com isso entra em decadência e, por consequência, no esquecimento.
Esse
astro, no auge do sucesso e orgulhoso de
suas conquistas, está convencido de que essa novidade (o filme falado) é um
modismo passageiro e ignora o óbvio: que as coisas mudam e que cada
profissional precisa mudar. Suas certezas são tão fortes que não ouve nem
as pessoas mais próximas e queridas.
Sem
dúvida, é um belo filme para se discutir gestão de carreira, pois de
forma lúdica e delicada, deixa claro que não
há lugar para a acomodação e para a resistência; que apesar de usufruirmos de uma
carreira bem sucedida, não podemos de nos dar ao luxo de ignorar as mudanças do
mundo do trabalho, provocadas inclusive pela tecnologia.
Qual
a saída: de tempos em tempos, se
reinventar. Aproveitar as chances que a vida nos dá para o desenvolvimento de novas competências e
estar razoavelmente preparado para as
oportunidades que (sempre) aparecem.
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