Estamos no final do semestre e para quem vive o cotidiano universitário sabe que agora é preciso se preparar para as provas finais. A demanda pelos serviços da biblioteca fica acima da média e não há lugares vagos nas mesas e gabinetes. Na fila, esperando para ser atendida, ouvi dois graduandos conversando. O calouro vira para o veterano e diz: “não vejo a hora de me formar para não ter que estudar mais”. E o veterano dá uma risadinha e responde: “sei. Estou me formando e já escolhi a minha pós”!
Seria tolice ou preconceito imaginar que presenciei uma conversa entre um “vagal” e um “nerd”. Apenas acompanhei dois rapazes conversando e um deles já entendeu qual é o significado do conhecimento para a construção da sua carreira e o outro (ainda) não.
Foi-se o tempo que o diploma de graduação era um diferencial no mundo do trabalho. Hoje ele é apenas o bilhete de entrada e não garante permanecia nele. Dependendo da instituição que chancelou o diploma, seu portador terá mais e melhores portas abertas; dependendo das relações que construiu e das oportunidades que aproveitou, terá maiores chances de se posicionar no mercado. Mas, insisto, sobre sua permanência, não há garantias.
O profissional de Educação Física, enquanto prestador de serviço, deve compreender que seu maior bem é o conhecimento que possui sobre o que faz e considerar que seu concorrente também tem e está buscando mais. Isso não tem nada a ver com concorrência desleal; isso está relacionado com competência e qualidade na prestação de serviços.
As experiências acadêmicas e profissionais são tempos e espaços de aprendizado e não podemos vivê-las sem ter em mente a pergunta: o que vou aprender aqui? Para isso é preciso desenvolver um comportamento positivo frente ao conhecimento e ao aprimoramento constante.
Esse comportamento precisa ser consciente e, estrategicamente, planejado. Afinal de contas, “deixar a vida me levar” só pode dar certo em rima de samba.
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