Ao longo das últimas duas semanas, tive a oportunidade de encontrar-me com coordenadores de escola de esportes de alguns clubes da cidade e coordenadores de departamentos de algumas academias paulistanas. Em razão de seus cargos, esses profissionais respondem pelo desempenho de suas respectivas equipes de trabalho.
Nestes encontros, entre uma consideração e outra, observei que os coordenadores se mostram espantados com a maneira pela qual os jovens profissionais se relacionam com o seu cotidiano de trabalho. “É a tal da geração Y”, concluem.
Ora, de quem estamos falando? Quem são estes serem que chamam tanta a atenção dos mais velhos? Pois bem, vejamos: criado pela sociologia, o termo geração Y serve para designar aqueles que nasceram, mais ou menos, entre 1980 e 1995. Ou seja, são os nativos digitais, acostumados com as tecnologias, que têm maior acesso à informação e que, via de regra, estão mais bem formados.
Do ponto de vista do mundo do trabalho, são aqueles que têm por volta de 18-25 anos e estão construindo suas carreiras na condição de estagiários, recém-formados ou profissionais iniciantes. Em linhas gerais (embora nem todos) são ambiciosos e imediatistas, desprezam a hierarquia, querem aprender, valorizam o trabalho em grupo e se comprometem de forma diferente das gerações anteriores, pois querem liderar projetos.
Para aqueles que respondem pela gestão destes profissionais novas demandas: o ambiente de trabalho precisa ser, necessariamente, desafiador e atrativo; a atenção e o feedback devem ser constantes; o reconhecimento (elogios e premiações) precisa existir; as oportunidades de capacitação e crescimento devem ser claras; os objetivos e as metas precisam ser definidas.
Senhores coordenadores são os novos tempos!!!