sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Não há emprego dos sonhos. Existem os sonhos que (com trabalho) transformamos em realidade.

Você provavelmente deve conhecer ou conviver com alguém que vive de cara emburrada e que reclama pelos quatro campos dizendo que seu emprego é um....., uma chatice. Esse sujeito está sempre procurando o culpado pela sua infelicidade: o coordenador de esporte, o colega de quadra, o pai do atleta, o aluno do sexto ano, o técnico do time adversário, a torcida que não comparece.



Tudo bem que esse comportamento é humano, mas quando vira hábito significa outra coisa. Considerando que, salvo exceções, passamos mais tempo trabalhando do que com as pessoas que amamos, o nosso trabalho precisa ser, também, fonte de prazer e de realização. No entanto, não podemos esperar que os outros sejam responsáveis pela nossa felicidade. Eles podem, e seria especial se fossem parceiros.



Na Universidade aprendemos como planejar as aulas para as crianças do ensino fundamental I, como organizar o treino tático do time de voleibol do clube, como incluir um portador de necessidades especiais nas atividades de natação, ou como estabelecer a freqüência cardíaca máxima de um idoso em uma sessão de corrida. Ótimo. Esses saberes fazem parte das competências do profissional de Educação Física, mas não aprendemos, ou melhor, não discutimos sobre algo muito importante: o significado de dar vida aos nossos projetos.



Alguém poderia dizer: “ah, estamos falando da atitude empreendedora”. É isso mesmo. Começar o dia de trabalho se perguntando sobre qual é a ideia que vamos pôr em prática essa semana ou quais são as inovações que vamos testar e implantar. Para isso é preciso saber que nossos sonhos só se tornarão realidade se tivermos coragem para correr riscos e nos responsabilizarmos pelas nossas escolhas.



No mundo do trabalho sempre teremos que lidar com limitações, com frustrações, mas isso não significa que devamos passar a vida inteira se queixando. Arregaçar as mangas e ir atrás dos nossos projetos pode ser perigoso. Na pior das hipóteses vamos aprender com os erros e vamos sair mais maduros desta experiência. Mas, com certeza, não há risco maior do que desperdiçar nossa vida nos lamentando dela.



Viva Clarice Lispector: “... a salvação é pelo risco sem o qual a vida não vale à pena”.

Um comentário:

  1. Meu marido diz : " muda da profissão, vc ganha pouco "É verdade que a Ed.Física é depreciada.Mas é nossa responsabilidade torná-la importante.Nos momentos de tédio, procuro cursos, palestras. Algo que permita-me encontrar novos caminhos para realizar antigas tarefas.Assim saio da rotina, e meus alunos são motivados.( Além de mim, é claro)...ADORO MINHA PROFISSÃO. Cássia Czeszak ( www.educacional.com.br/cassiaczk)

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